Há dois mil anos, aconteceu uma Páscoa diferente em Israel. Os peregrinos se encontravam na Jerusalém de todas as tribos em busca da festa anual em que se comemorava a libertação do povo Hebreu do cativeiro no Egito sob o comando de Moisés.
Jesus chegou a Jerusalém para a festa, acompanhado dos discípulos e amigos. Quando entrou na cidade foi recebido com folhas de palmeiras e vestimentas para que pudesse passar. Entrou montado em um jumento sob o aplauso dos amigos e curiosos.
Depois das boas vindas, tudo se transformou e o povo, que antes era amigo, tornou-se perseguidor e mudou a alegria da chegada, no calvário do Mestre Jesus.
Hoje, vinte séculos depois, Jesus ainda é aclamado pela grande maioria do povo, mas é vilipendiado e crucificado novamente pelos que dizem amá-Lo sem que o sigam verdadeiramente.
Os antigos fariseus ainda estão nas ruas e vielas, praças e igrejas, vendendo seus pássaros e objetos para oferendas aos transeuntes. Os vendilhões do templo só mudaram de lugar. Continuam vendendo a própria alma e tudo quanto conseguem, vilipendiando a Casa do Pai.
Jesus continua vivo no universo, ensinando e ajudando, com a mesma paciência de antes, a humanidade que ainda não aprendeu a se desprender do materialismo e do ódio ao seu irmão.
Jesus é o Mestre maior de nossa galáxia, o Espírito que Deus permitiu encarnasse na Terra para nos ensinar as verdades espirituais que regem o universo. Ele abriu a porta para nosso conhecimento espiritual e nos chama a todo instante para que sigamos os Seus passos no rumo da perfeição.
Ainda há muito que fazer na Terra para que o Seu ensino encha os corações humanos. A lavoura é imensa e os trabalhadores poucos.
Nesse tempo de materialismo exacerbado que torna os homens insensíveis à realidade espiritual, de guerras fratricidas que consomem países, de organizações terroristas que matam inocentes, do tráfico de entorpecentes que dizimam milhares de esperanças com a morte gradual e silenciosa, da corrupção desenfreada que culmina na morte de milhões que ficam sem atendimento em suas necessidades básicas, na falta de transparência que ensina a mentir e a debochar dos que andam no caminho do bem.
Jesus está mais vivo do que nunca e continua Seu trabalho para a regeneração da Terra. Infelizes são os que andam nos caminhos das trevas, semeando discórdia e morte. Para eles o castigo virá nesta própria vida, pois a lei de ação e reação não se faz por esperar. Ela cobra ceitil por ceitil as dívidas dos que se comprazem em semear a maldade em todos os seus matizes.
Felizes daqueles que conseguirem transpor essa época de dificuldades, pois serão os mansos que haverão de herdar a Terra, conforme os ensinos do Mestre que foi crucificado há dois mil anos e que continua sendo perseguido por todos aqueles que se regozijam no caminho do mal.
Não há mal que dure para sempre e a missão dos bons é continuar semeando a palavra de Jesus que continua mais viva do que nunca.
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém vai ao Pai a não ser por Ele. Continuemos, pois, nossa luta em prol dessa verdade que conhecemos há dois mil anos e nossa felicidade haverá de ser completa aqui na Terra e depois na espiritualidade.
Luiz Marini 30-03-2015